Por Mario Osava
RIO DE JANEIRO. 18 Junho (TerraViva) – A Cúpula dos Povos transformou o Aterro do Flamengo numa grande feira de artesanato, enquanto seus ativistas mais articulados amaldiçoam a mercantilização de tudo. A economia solidaria está presente nos discursos e no “camelódromo”, ocupando 12 barracas divididas por duas entidades cada uma.
“Mulheres da Vila” oferece roupas, bolsas, colares, fuxicos e outros adereços, confeccionados com retalhos. “Um jeito solidário de reciclar”, diz o slogan.
Os produtos à venda, vivamente coloridos, são da Associação Mulheres da Vila, com sede em Belo Horizonte. As 52 mulheres confeccionam e partilham tudo, se reúnem regularmente.
O inicio foi com uma senhora de 90 anos ensinando o grupo a fazer colcha de retalhos, lembrou Eva Alves Faria, “nova no grupo”.
“Não temos leitura, mas habilidade para fazer coisas”, segundo Eva, que dispensou remédios controlados depois de aderir à Associação há quatro anos. A depressão acabou. “Cantamos, brincamos, choramos juntas e nos ajudamos”, explicou. (FIM/2012)